Não é segredo que Portugal oferece, neste momento, o melhor programa de residência por investimento na Europa. No entanto, o que pode surpreender alguns é que Madeira, uma Região Autónoma portuguesa, a apenas 900 km da costa de Portugal (a apenas uma hora e meia de avião de Lisboa), poderá ser um dos melhores locais em Portugal para o seu Golden Visa.
Por ser um destino turístico para todo o ano, pela sua história, cultura e clima ameno únicos, a Ilha da Madeira tem um mercado imobiliário vibrante (onde os preços são mais contidos do que em Portugal Continental) e um sistema único de IRC benefícios devidamente aprovados pelo União Européia.
O acima significa que pode-se acessar o Golden Visa português quer por investir no mercado imobiliário madeirense onde a procura de turistas locais (principalmente da Europa Ocidental, Central e do Norte) e expatriados pode proporcionar um retorno do investimento interessante através de receitas de arrendamento ou optar pela constituição de uma empresa para realizar os seus negócios internacionais através da Madeira. Nos termos deste último, será concedido um Golden Visa se a empresa for constituída com um capital social de 1 milhão de euros ou se empregar pelo menos 10 pessoas.
Se alguém optar por seguir o caminho para incorporar uma empresa, em seguida, solicitar uma licença para operar dentro do Centro Internacional de Negócios da Madeira (MIBC) é a coisa mais inteligente a se fazer. A licença do MIBC confere à empresa os seguintes benefícios fiscais (entre outros): uma redução da taxa de imposto sobre as sociedades de 5%, aplicável sobre o lucro tributável proveniente de operações realizadas exclusivamente com entidades não residentes ou com outras empresas que operam no âmbito de o MIBC; isenção total da retenção na fonte sobre a remessa de dividendos das empresas da Madeira a accionistas individuais e colectivos não residentes; e nenhum imposto retido na fonte sobre o pagamento mundial de juros, royalties e serviços.
É importante referir que os referidos benefícios fiscais só serão concedidos se a empresa criar pelo menos 1 emprego local a tempo inteiro (o requerente do visto pode candidatar-se caso opte por viver definitivamente na Madeira) nos primeiros 6 meses de funcionamento e realizar um investimento mínimo de € 75.000 na aquisição de imobilizado, tangível ou intangível, nos primeiros dois anos de operação; ou criar 6 ou mais empregos locais em tempo integral nos primeiros 6 meses de operação.
Tendo em consideração o exposto, pode-se verificar como os requisitos do MIBC correspondem aos do Golden Visa português no que diz respeito à constituição de empresas e contratação de trabalhadores locais. Pode-se também optar por investir em imóveis através de uma empresa (como único acionista da referida empresa) e utilizar esse investimento para cumprir os requisitos do Golden Visa português e do MIBC, obtendo assim “o melhor de dois mundos” em termos de negócios e investimentos imobiliários.
Para além do exposto, a aplicação do Golden Visa português na Ilha da Madeira é a mais rápida de Portugal, especialmente quando comparada com os gabinetes de imigração do continente português. Isso se deve ao atual baixo nível de inscrições, que por sua vez permite que os governantes não fiquem sobrecarregados e cumpram os prazos previstos na lei.
Por último, mas não menos importante, todos os programas acima também podem ser combinados com o NRegime fiscal do Residente Habitual que permite uma isenção fiscal de 10 anos, sobre os rendimentos estrangeiros, para os que cumpram os requisitos de permanência em território português e não residam nos 5 anos anteriores à chegada.
Pode-se dizer, neste momento, que a Madeira é o segredinho de Portugal quando se trata de residência por investimento.
Miguel Pinto-Correia possui um Mestrado em Economia Internacional e Estudos Europeus pelo ISEG – Lisbon School of Economics & Management e uma Licenciatura em Economia pela Nova School of Business and Economics. É membro permanente da Ordem dos Economistas… Saiba mais