Novo imposto sobre criptomoedas em Portugal no horizonte?
O imposto sobre criptomoedas em Portugal está se aproximando e pode ocorrer mais cedo ou mais tarde. Embora a corrente regime fiscal sobre criptomoedas não é transparente, muitos entendem que Portugal é um Paraíso fiscal para tributação de ativos criptográficos.
Desde dezembro do ano passado, existe alguma expectativa de que o alargamento do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares às criptomoedas seja debatido na recém-eleita Assembleia da República (parlamento português).
A recém-eleita Assembleia da República é controlada pelo Partido Socialista Português (PS), membro da Aliança Progressista Europeia dos Socialistas e Democratas (S&D).
A expectativa acima sobre a tributação das criptomoedas é também mantida pelo facto de o PS, embora detendo a maioria, ainda estar disposto a fazer compromissos com antigos aliados parlamentares como o Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda (ambos membros da Esquerda no Parlamento Europeu – GUE/NGL), este último defendeu no seu programa eleitoral a tributação das mais-valias em criptomoedas ao abrigo do actual Código do IRC.
Do outro lado do espectro político português, o segundo maior partido na atual formação da Assembleia da República, o Partido Social Democrata (membro do Partido Popular Europeu), também defendia a tributação das mais-valias em criptomoedas ao abrigo do as mesmas condições propostas pelo Bloco de Esquerda.
Normalmente, prevê-se que as alterações à Lei Fiscal Portuguesa ocorram com a aprovação, pela Assembleia da República, do Orçamento do Estado ou logo a seguir. Até ao momento, não foi divulgada qualquer data para a sua aprovação, uma vez que o novo Governo da República ainda não tomou posse dos deputados da Assembleia da República.
Se estas alterações à tributação das criptomoedas em Portugal este ano e se serão mesmo compatíveis com o Residente Não Habitual esquema continua a ser visto. Por enquanto, as estrelas parecem estar alinhadas para que isso aconteça.
Este artigo é fornecido apenas para fins de informação geral e não se destina a ser, nem deve ser interpretado como, aconselhamento jurídico ou profissional de qualquer tipo.
Miguel Pinto-Correia possui um Mestrado em Economia Internacional e Estudos Europeus pelo ISEG – Lisbon School of Economics & Management e uma Licenciatura em Economia pela Nova School of Business and Economics. É membro permanente da Ordem dos Economistas… Saiba mais