Em Portugal, país visto como paraíso fiscal para os investidores desta indústria, os criptoativos, incluindo criptomoedas, estará sujeito a tributação.
A lei atual não permite que o imposto de renda pessoal seja cobrado na venda de ativos criptográficos a menos que algumas condições sejam atendidas. No entanto, o atual governo se comprometeu a criar uma estrutura apropriada que inclua, entre outras coisas, a tributação de ganhos de capital da venda de bitcoin e outras criptomoedas.
Durante uma reunião perante a Assembleia da República (Parlamento Português), o ministro das Finanças, Fernando Medina, reconheceu que o governo vai apresentar uma proposta para tributar os criptoassessores sem se comprometer com uma data específica.
O objetivo do governo é criar um quadro fiscal completo para arrecadar receitas por meio de ganhos de capital e o uso de ativos criptográficos como métodos de pagamento, o que pode desencadear IVA e obrigações de imposto de selo. Além disso, o Ministério das Finanças quer que a Assembleia da República regule o tratamento fiscal dos ativos criptográficos ao abrigo do imposto sobre o património e do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (tendo em conta o emprego e os rendimentos dos freelancers).
Como mencionado anteriormente, a comparabilidade mundial do conceito de criptoativos, que inclui a criptomoeda, está a ser avaliada pela Autoridade Tributária e Aduaneira Portuguesa e pelo Ministério das Finanças. De acordo com o ministro das Finanças, as autoridades portuguesas estão a avaliar a regulação nesta área, quer ao nível do combate ao branqueamento de capitais, regulação de mercado e fiscal, para apresentar uma iniciativa legislativa que vai “servir a nação em todas as suas dimensões”.
Aqueles que desejam se mudar para Portugal podem, de momento, beneficiar legalmente de uma baixa tributação sobre os seus rendimentos criptográficos ao abrigo do Esquema de residente não habitual (NHR). Antes da realocação efetiva para o país, a reestruturação da renda criptográfica deve ocorrer. Essa reestruturação deve acontecer para que as receitas geradas cumpram integralmente as regras de isenção de impostos do RNH.
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Ambrosio Jardim atua, desde 1998, principalmente nas áreas de direito comercial (societário, fusões e aquisições, joint ventures, reestruturação e planejamento), direito tributário nacional e internacional e imobiliário…. Saiba mais